COMO AJUDAR

Sendo Sócio (mínimo 2 euros mensais); Voluntário / Apadrinhar; Adoptando um animal Donativos em géneros: Ração para cão/gato; Mantas / Camas / Casotas; Anti-parasitários Donativo monetário: NIB: 0035 0774 0013 9251 33043 NIF: 506 350 312 TLM - 938514487 ( deixe sms ou telefone das 7h30 as 8h15 ou depois das 19h00) Email: sobreviver.setubal@hotmail.com



domingo, maio 30, 2004

A Sobreviver...

...é uma associação sem fins lucrativos, que se dedica à protecção de cães e gatos, desempenhando a sua actividade no distrito de Setúbal. Todo o trabalho é voluntário, por isso não remunerado, e é levado a cabo por pessoas que prescindem de algum tempo livre e utilizam os seus conhecimentos e competências para agirem em prol do bem-estar animal.
A Associação não possui nenhum abrigo para recolha de animais errantes, privilegiando o trabalho em parceria com os canis/gatis municipais do distrito, uma vez que é aos poderes públicos, nomeadamente às Câmaras Municipais que, por lei, compete tal tarefa. Infelizmente muitos dos canis/gatis camarários existentes em Portugal estão longe de reunirem as condições mínimas necessárias ao abrigo condigno dos animais que recolhem, e em muitos locais não é feita a divulgação necessária, nem são criadas condições para que os cães e gatos capturados possam ser adoptados. Para muitos animais o canil/gatil é a sua última morada, antes de serem abatidos. A Associação tem trabalhado, e continuará a desenvolver esforços, no sentido de alterar esta situação na área geográfica em que se insere. É necessário que os poderes públicos sejam, cada vez mais, chamados a assumir as suas responsabilidades nesta matéria. Os canis/gatis não podem ser formas encapotadas de matadouros municipais. É preciso melhorar as condições do alojamento nos canis/gatis, mas mais que isso, é imprescindível criar condições (logísticas e outras) que possibilitem a adopção consciente e responsável dos cães e gatos que aí se encontram.
Outra das áreas prioritárias da Sobreviver passa pelo trabalho com as escolas. A forma como os animais são vistos e tratados em cada sociedade reflecte, antes de mais, uma matriz cultural e de valores. Para alterar essa matriz é necessário tempo ( muitas vezes a transição geracional) e, na nossa opinião, uma aposta séria na educação e na informação.
No fundo, temos como objectivo principal combater as causas dos maus-tratos, do abandono, da negligência, em vez de apenas tentarmos minorar, ou remediar, os sintomas da “doença”. Ou seja, apostamos sobretudo na informação, na educação, na consciencialização, e na criação de parcerias com outros organismos públicos e privados, em vez de nos limitarmos a abrigar animais, vítimas de uma sociedade que desresponsabiliza os que mal-tratam, os que abandonam. Proteger os animais que sofrem é necessário e um dever moral, mas não é apenas disso que nos ocupamos. Até porque a recolha em abrigos não é a situação ideal, é apenas uma situação de recurso.
O abandono e ao maus-tratos têm de ser combatidos; os canis/gatis têm de assumir-se como abrigos temporários de animais em situação de risco e como portas abertas a futuras adopções responsáveis; os poderes públicos terão de assumir as suas responsabilidades nesta área, promovendo campanhas informativas e didácticas, e fiscalizando o efectivo cumprimento da lei; a sociedade civil terá de ter também um papel activo, nomeadamente através de associações que trabalhem em parceria com outros organismo na prossecução destes objectivos, mas não só – cada um de nós, individualmente, deverá repensar a sua actuação e exercer a sua capacidade de pressão para que algo mude de facto. É nisto que acreditamos. É por estas grandes metas que trabalhamos cada dia, conscientes que está quase tudo por fazer e que a ideia de mudança provoca inevitavelmente reacções adversas em certos sectores.